 
	Primeiro dia em Sarnia
Depois de quase 20 horas de viagem, só queríamos descansar. Pegamos a chave do apartamento com Steve, nosso vizinho pelos próximos dias, e entramos na nossa residência temporária que alugamos em Sarnia pelo AirBNB. Exploramos os cômodos, vimos se estava tudo como o anúncio e conectamos nossos celulares no wi-fi para não gastar muito com o roaming internacional.
Resolvemos tirar algumas coisas das malas (não tudo). Gisela, que nos recepcionou no aeroporto e nos levou até o apartamento, nos deu algumas instruções e recomendou ir no supermercado Food Basics, que ficava próximo. Ela, muito gentil, deu para o Gui carrinhos de brinquedo e chocolates, mas logo teve que ir embora. Gisela foi super importante nesse primeiro impacto em Sarnia e seremos eternamente gratos com ela.
Com a cabeça ainda pensando em reais (no dia que chegamos C$1,00 equivalia a R$3,34 no câmbio turismo), fomos às compras para fazer o nosso almoço. Qual foi a nossa surpresa quando encontramos no mercado muitas das coisas que comprávamos no Brasil: saladas de folhas, banana, maçã, carne, arroz, feijão; vimos que não sentiríamos muito o impacto da comida.
Estávamos tentando entender como o leite funcionava, pois não havia no mercado o nosso leite longa-vida de caixinha como no Brasil, quando encontramos mais um brasileiro que nos abordou: Júnior, engenheiro que estuda no Lambton College, onde a Tati também vai estudar. Muito simpático e bacana, Júnior nos explicou sobre o leite em saquinho (sim, aqui no Canadá é muito mais comum leite de saquinho) e sobre outras coisas para o dia-a-dia. Valeu, Júnior!
Finalizamos as nossas compras, voltamos para fazer o almoço. Achei que a facada ia ser maior, mas até que os preços são bem próximos dos preços do Brasil. Descansamos, avisamos aos familiares do Brasil que chegamos bem e já estávamos instalados. Mais tarde demos uma volta pela cidade e o frio ainda incomodava um pouco, pois chegamos com -8°C e a previsão era chegar a -12°C até o final do dia, com sensação de -17ºC. Embora frio, o dia foi ensolarado até o pôr-do-sol, um pouco antes das 17h.
Voltamos para o apartamento mas dentro estava frio para o padrão brasileiro. Chamei nosso vizinho Steve para ajudar na calefação. Enquanto a gente estava embrulhado com várias blusas de frio, Steve veio só com uma camiseta, moletom e sandália para nos socorrer. Me veio uma pergunta: será que a gente acostumaria assim com o frio como os canadenses? Sua esposa Debora veio também, talvez curiosa para conhecer a família de brasileiros do prédio. Steve regulou a calefação, explicou como poderíamos regular depois sozinhos. Agradecemos e fomos ver um pouco da programação canadense na televisão.
Detalhe interessante: abri o meu Netflix aqui no Canadá para ver Rick e Morty e não estava disponível, pois não faz parte da Netflix Canadá. Percebi que muitos programas do serviço de streaming não tinham mais a opção com legenda em português; bom pra mim que preciso melhorar muito o meu inglês.
Fomos dormir cedo. O friozinho ajudou e a cabeça parecia estava mais serena, longe dos problemas do Brasil. Assim encerrava o nosso primeiro dia em Sarnia.
 
	
	 
	
			
			 
					 
			

